segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Obama, um tapa na cara dos racistas mundiais

Yes, we can change. A frase repetida várias vezes por Barack Obama durante a campanha parece fazer ainda mais sentido agora, depois de eleito presidente dos Estados Unidos. A vitória de Obama não representa apenas a conquista, por um negro, do posto mais alto da política internacional, mas um verdadeiro tapa na cara, bem dado, nas pessoas que alimentam o racismo pelo mundo. Gostaria, hoje, de poder olhar nos olhos de cada pessoa, que ousou discriminar alguém por uma questão de cor, que lhe negou uma oportunidade, que a tratou com inferioridade, que obstruiu seus direitos enquanto ser humano. Estas pessoas estão sendo obrigadas, de alguma forma, a olharem para dentro de si mesmas e re-pensar os preconceitos praticados. Essa conquista faz-me lembrar, também, das reflexões proporcionadas pela vitória do menino pobre lá de Caetés, interior de Pernambuco, em 2002, à presidência da República Federativa do Brasil.

A meu ver, o racismo praticado nos Estados Unidos talvez seja mais por um modismo do que pelo próprio sentimento. A superpotência mundial precisa, de alguma forma, manter sua soberania, incluindo-se, aqui, a suposta superioridade entre as diferentes etnias. Contudo, uma nação considerada extremamente racista vivencia um recorde de votação em toda a sua história política. Brancos e negros fizeram questão de dizer sim para Obama, um ser humano de pele preta. Finalizo, assim, com um clichê, orgulhoso: como já dizia o negro Chico César, “respeitem meus cabelos, brancos”.


|Josevaldo Campos| é estudante de jornalismo.
josevaldocampos@yahoo.com

Um comentário:

rOtinA poEtiCa disse...

é chegada a hora de pegar o nosso pedaço de pão.